sábado, 26 de dezembro de 2009

Maria, rainha da paz

"Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a Tua palavra". Assim, Ela respondeu ao enviado: "Sou a serva do Senhor".

Cresceu humilde, pura, preservada. A jovem extremamente formosa, cabelos negros, faces rosadas, lisas, adelgando-se no queixo onde havia uma covinha. Esses traços conservam-se durante toda sua vida, como testemunhou São Lucas, que a conheceu com cerca de 48 anos. O porte, a nobreza de uma mulher infinitamente suave. Às vezes, parecia ter muita idade, quando as sombras do mundo perpassava-lhe o olhar; instantes depois, era miraculosamente jovem.

Movimentava-se com graça e flexibilidade, como o arquear do salgueiro. Alta, tinha um ar de majestade. Parecia pairar acima do tempo, Ela, a virgem predestinada. Seus olhos eram azuis. Olhar dentro deles era mergulhar em serenidade, em paz. Jovem, luminosa, de presença indizível, voz melodiosa, provocando ressonâncias indeléveis em todos os que a ouviam. Estar ao seu lado era abeirar-se de fonte límpida e sentir o frescor de sua pureza.

No tempo do rei Herodes, vieram a Belém de Judá, 3 magos do Oriente, à procura do rei dos judeus, pois viram a estrela luminosa, e grande foi o júbilo que sentiram. A estrela foi adiante deles, parando na casa onde estavam a mãe e o menino. Prostaram-se e o adoraram, e abrindo seus cofres, fizeram suas ofertas de ouro, incenso e mirra:
  • ouro, reconhecendo a realeza;
  • incenso, a divindade;
  • mirra, a humanidade

Mãe amorosa, ternamente viveu os anos da espera de seu filho. Acompanhou-o depois em toda a sua missão, condenação e calvário. Sofreu antecipadamente, pois tinha o conhecimento das dores que ele iria padecer.

Ao pé da cruz, assistiu a seu martírio e agonia. Seu coração materno foi trespassado pela dor. Foi dada por ele como mãe de toda a humanidade.

Origem: do livro 'Elas, mulheres que marcaram a humanidade' de Lúcia Pimentel Góes