segunda-feira, 29 de junho de 2009

Simone de Beauvoir


Vivendo numa sociedade construída pelos homens e para eles, Simone alcançou um espaço valioso para a expressão da alma feminina. Sua vida apaixonante e desafiante é um ponto de partida para inúmeras reflexões sobre a condição das mulheres. Ela conseguiu inaugurar em escala mundial, um novo olhar sobre as mulheres:

  • «o nascimento do respeito pelo segundo sexo»


De família burguesa e católica, Simone Lucie-Ernestine-Marie-Bertrand de Beauvoir nasceu em Paris no dia 9 de janeiro de 1908. A mais velha de Georges (advogado parisiense bem nascido, culto, inteligente e de ascendência abastada) e de Françoise (filha de um banqueiro de Verdun). Simone viveu cercada de mimos e de amor pelos pais.

Do pai herdou o amor pela literatura e pelo teatro. Da mãe herdou o que significa "ser mulher" naquela época: encolher-se, ficar sempre de lado, censurar seus próprios desejos. Mas Simone insurgia-se frequentemente contra quaisquer imposições, demonstrando de pequena sua personalidade forte; se contrariada se debatia no chão, tinha acessos de cóleras explosivos até que sua vontade fosse cumprida. Quando Simone tinha 2 anos, nasce sua irmã que foi batizada de Poupette (em francês bonequinha). Família unida. Passavam todas as férias reunidos nas antigas casas dos avós paternos e maternos. Devido a Primeira Grande Guerra Mundial (1914) a grande maioria das famílias francesas faliram. E a família de Simone começou a passar por dificuldades e se mudaram para um apartamento menor, impossível ter privacidade, seus livros e sua solidão para refletir.

Com 15 anos passou a questionar a desigualdade dos sexos e a existência de Deus. Queria tornar-se escritora, a partir de suas próprias experiências. Concretizou em sua alma a imagem do homem ideal:
Eu queria que, entre marido e mulher, tudo fosse posto em comum; cada um deveria desempenhar perante o outro o papel de testemunha que eu atribuíra antes a Deus.

Sobre ele, Simone também escreveu:

Para existir para mim enquanto esperança, ele era, de imediato, o modelo do que eu desejava tornar-me; logo, era-me superior.

Preparou-se para o ingresso na Sorbone e foi admitida com 16 anos, quando iniciou o curso de Filosofia. Era muito introvertida e orgulhosa para fazer amizades fora de aulas, e passava dias e noites mergulhada nos estudos. Concluiu esplendidamente seu curso de Filosofia e Grego aos 20 anos. Recebeu um convite para lecionar, e passou a cursar Psicologia, formando-se sem dificuldades.

Simone sentia-se feminina, mas de um modo diferente, como disse sobre si mesma: "um coração de mulher num cérebro de homem", passou a se preocupar com a aparência, cuidando mais dos trajes e dos cabelos. Passou a frequentar a Biblioteca Nacional e deleitava-se ao se ver sentada entre pensadores, filósofos e cientistas – era esse o seu lugar. No restante do dia, ia aos cursos da agrégation na Sorbonne e na Escola Normal; a noite, lia romances ou saía para assistir aos novos espetáculos.

Voltando às aulas, conhecia todos os colegas, menos o grupo formado por:
  • Jean-Paul Sartre
  • Paul Nizan
  • André Herbaud
que não se davam com ninguém, além de não serem bem vistos. Certo dia encontrou-se com Herbaud, almoçaram juntos e tornaram-se amigos íntimos. Sartre queria conhecê-la e a convidou para ir no seu apartamento, Simone resplandeceu de alegria, pois era mútua a admiração. Ele se doava, conhecia em detalhes os pensamentos vanguardistas e Simone debatia com ele, perdendo sempre. Foi convidada a fazer parte daquele hermético grupo de "camaradinhas". Houve um encantamento mútuo.

Jean-Paul Sartre era parisiense e nascera em 21 de junho de 1905. Era baixinho, feio, talentoso e rebelde. Vivia com extraordinária liberdade e inquietude, sempre alerta, interessando-se por tudo, e não suportava pessoas afetadas.

Assim se tornaram companheiros no trabalho e na vida, por meio de um vínculo então incomum:
  • o respeito à individualidade e à liberdade de cada um.
Sartre propôs casamento em certa época, mas ela não via motivos para institucionalizar aquela forte e eterna relação.

Simone desenvolvia-se na literatura e na filosofia de cunho existencialista, feminista e autobiográfica, valendo-se também da ficção. Seu primeiro livro publicado não era feminista, mas um romance, A convidada (1943), em que criou personagens humanos e atuais, cujo tema era a exagerada permanência de uma jovem convidada por um casal, o que passa a gerar ciúmes na mulher, nessa obra, ela trata da árdua relação de uma consciência com outra. Esse livro foi inspirado na sua vivência com Sartre e uma jovem estudante, que se tornara amiga íntima de ambos. Escreveria ainda:
  1. O sangue dos outros (1944)
  2. As bocas inúteis (1945)
  3. Todos os homens são mortais (1947)
  4. Por uma moral da ambiguidade (1947) um dos seus livros mais importantes
  5. O segundo sexo (1949)
  6. Os mandarins, que recebera em 1954 o prêmio Goncourt
  7. A longa marcha (1957)
  8. Memórias de uma moça bem comportada (1958)
  9. A forca da idade (1960)
  10. A força das coisas (1963)

Sobre as mulheres em O segundo sexo ela escreve neste trecho do livro:
Se a função da fêmea não basta para definir a mulher, se nos recusarmos a explicá-la pelo "eterno feminino" e se, no entanto, admitimos, ainda que provisoriamente, que há mulheres na Terra, teremos que formular a pergunta: que é uma mulher?
Simone nos convida a refletir apaixonadamente sobre o fato de que a mulher é inferiorizada pela sua própria situação: ela não tem passado, não tem histórico nem sequer religião própria, uma vez que nunca mostrou sua voz na História. A sua solução é que mulher e homem se reconheçam como semelhantes, atingindo juntos a liberdade.

Jean-Paul Sartre morre vítima de ataque cardíaco em 1980, e Simone sofre a perda irreparável de sua alma gêmea e escreve em sua homenagem a obra A cerimônia do adeus, um ano mais tarde.




Simone de Beavouir morre em Paris dia 14 de abril de 1986, aos 78 anos, e seu corpo está enterrado ao lado do companheiro de vida Jean-Paul Sartre, no célebre cemitério de Montparnasse.






Origem: do livro 'Mulheres que mudaram o mundo' de Gabriel Chalita

Felicidade


A felicidade de se viver!

sábado, 27 de junho de 2009

Horóscopo das flores – Tulipa

Tulipa – 24 de setembro a 18 de outubro


É uma flor de origem turca que virou mania na Europa no século XVI e tornou-se símbolo da Holanda. Seu nome vem da palavra "tulipan", que significa turbante. É o signo das estrelas, dos artistas. Quem é Tulipa tem tudo para conquistar fama e notoriedade. Sua semente foi plantada aqui na Terra para trazer alegria e divertimento.

Horóscopo das flores – Crisântemo

Crisântemo – 1 de junho a 23 de junho

Quem nasce sob o signo de Crisântemo passa alegria aos olhos e prima pela organização, o equilíbrio e a justiça. Tudo o que realiza é espontâneo. Seu emblema é a simplicidade. Flor símbolo do Japão, era usada para
forrar o trono do imperador. Está associada
às idéias de longevidade e imortalidade. Seu nome originou-se das palavras gregas chysos (ouro) e anthemon (flor), pois a primeira espécie cultivada era amarela. Representa a beleza e a perfeição.

Horóscopo das flores – Violeta

Violeta – 24 de junho a 11 de julho


É a flor da modéstia. Quem nasce neste período, está sempre realizando grandes ações, sem esperar nada em troca. Carrega consigo sensibilidade, timidez e tenacidade. É aquela pessoa que encontra o equilíbrio entre os sentidos e o espírito, a paixão e a inteligência, o amor e a sabedoria. O verdadeiro papel da Violeta é o da mediação. Os seres marcados por esse signo também gozam de tranqüilidade e paz espiritual.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Alegria


Sorria o mundo ainda é lindo, e a alegria voltou a reinar!

terça-feira, 23 de junho de 2009

Flores e cores

Presentear com flores, mostra carinho, consideração, agrado, amor e todos bons sentimentos que temos dentro de nós. Desde a antiguidade se convencionou criar simbolismos para flores específicas. Existem variações para essa simbologia, mas as mais comuns são:

Alstroemeria – felicidade
Amarílis – orgulho
Camélia – beleza perfeita
Cravo – distinção, paixão feminina
Crisântemo – bons votos
Gardênia – juventude e jovialidade
Girassol – altivez
Jasmim – graça e elegância
Lírio – pureza
Margarida – inocência
Narciso – vaidade
Orquídea – beleza
Rosa – amor
Tulipa – declaração de amor
Violeta – fidelidade, modéstia

Sobre as cores
Eternos símbolos do amor, as rosas,  tem na cor de suas pétalas mensagens próprias: 
  • vermelhas – simbolizam as emoções apaixonadas, 
  • cor-de-rosa – ligadas aos amores sublimes, 
  • brancas – amor puro e incondicional, 
  • amarelas – são misteriosas, uns dizem que simbolizam o ciúme, enquanto outros afirmam que estão ligadas aos amores afortunados

"sempre fica o perfume nas mãos que oferecem flores"



                         lírio                                                          margarida

domingo, 21 de junho de 2009

Presente


Sempre fica o perfume nas mãos que oferecem flores!

sábado, 20 de junho de 2009

A "dalit" Meira Kumar

Nova Délhi, 3 jun (EFE)  
A "dalit" (intocável) indiana Meira Kumar, de 64 anos, se transformou na primeira mulher a presidir a Câmara Baixa da Índia, após receber o voto unânime dos deputados que a compõem.

Kumar foi indicada pela presidente do governante Partido do Congresso, Sonia Gandhi, e também obteve o apoio dos deputados opositores.

"Esta é uma ocasião histórica", disse o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, ao dar as boas-vindas a Kumar pouco depois de ela tomar posse de seu cargo.

Meira Kumar é filha do herói da independência e ex-vice-primeiro-ministro Jagjivan Ram, Kumar entrou na vida política aos 22 anos como presidente de um comitê de combate à seca, e depois foi diplomata nas embaixadas da Espanha, Reino Unido e Mauricio. Abandonou o corpo diplomático para defender a causa dos intocáveis (dalit – a comunidade excluída do sistema hindu de castas) e obteve uma cadeira parlamentar pela primeira vez no ano 1985. Atualmente é deputada pelo mesmo distrito no qual concorria seu pai, Sasaram, situado na empobrecida região norte de Bihar.

A nova presidente da Câmara Baixa já foi ministra da Justiça Social durante a legislatura anterior, e após o recente pleito Manmohan Singh (primeiro-ministro) a tinha colocado à frente do Ministério de Recursos Aquáticos, um posto do qual ela já renunciou.

A nomeação de Kumar é um ato simbólico do Partido do Congresso para fortalecer a presença feminina nas instituições políticas da Índia, onde 484 dos 543 deputados são homens. (EFE daa/mh)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Filhos

Uma mulher que levava uma criança nos braços, propôs a Gibran:
"Mestre, falemos dos filhos"

E ele respondeu:

Seus filhos não são seus filhos.
São os filhos e as filhas dos desejos que a vida tem de si mesma.
Vem através de vocês, mas não são de vocês e, ainda que vivam com vocês, não lhes pertencem.
Podem dar-lhes seu amor, mas não seus pensamentos, pois eles têm seus próprios pensamentos.
Podem abrigar seus corpos, mas não suas almas, porque suas almas moram na casa do amanhã, que nem mesmo em sonhos lhes será permitido visitar.
Podem empenhar-se para ser como eles, mas não tentem fazer como vocês fizeram, porque a vida não anda para trás, nem se detém no ontem.
Vocês são o arco por meio do qual seus filhos são disparados como flechas vivas.
O arqueiro vê o alvo sobre o caminho do infinito e dobra o arco com toda a força, a fim de que suas flechas partam velozes e para muito longe.
Que o fato de estarem nas mãos do arqueiro seja para suas felicidades, porque, assim como ele ama a flecha que dispara, também o arco que permanece firme.
Por isto vocês tiveram a liberdade de amar e a oportunidade de viver e fazerem suas vidas.
Deixem que seus filhos voem sós de seus ninhos quando chegar a hora e não lhes reclamem para que voltem.
Eles os quererão para sempre e terão também seus lares, nos quais, algum dia, ficarão sós, porém terão tido seus lares e suas vidas. Deixem-nos livres.
Amem-nos com liberdade, não apaguem o fogo de suas vidas.
Vivam e deixem viver, assim eles os quererão sempre.

Gibran Khalil Gibranilustre poeta libanês, filósofo e artista. Nasceu em 1883 3 morreu em 1931. Sua forma e sua influência se derramaram por todo o mundo. Suas reflexões e sua poesia foram traduzidas para mais de 20 idiomas, e seus desenhos e pinturas são expostos em grandes cidades do mundo.