quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Horóscopo das flores – Cravo

Cravo – 3 fevereiro a 1 março


Por causa da forma dos seus frutos, que lembram pequenos pregos, o Cravo tornou-se símbolo da paixão de Cristo. Representa o amor puro e inocente daquele que nasceu para ajudar o próximo. Quem é Cravo, sabe dividir o pão. O Cravo também está ligado à política e à religião. É uma pessoa que briga pela igualdade social, capaz de colocar os interesses da sociedade, do grupo e da família à frente das suas aspirações particulares.

Horóscopo das flores – Íris

Íris – 8 de novembro a 12 de dezembro

A Íris é uma flor primaveril que garante os favores divinos. Quem nasceu neste período incorpora o papel de purificador das almas e protetor dos homens. É o fiel escudeiro, o conselheiro, o médico que é capaz de fazer tudo para
ajudar o outro. Simboliza o mensageiro
que faz a ligação entre a Terra e o Céu. Sua missão aqui é disseminar coisas boas, afastar as doenças, os espíritos malignos e a tristeza.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Eva

A Primeira
Abriu os olhos ao ser banhada pela onda. Olhou a água, a praia, sentiu um impulso. Sentou-se, depois ergueu-se. Viu pássaros voando, cantando. Pequenos animais peludos vieram cheirar seus pés. Sorriu sem saber que sorria. Admirava... Só então olhou para trás e descobriu um outro que no chão dormia. Olhou-se, polegada a polegada do próprio corpo foi descobrindo. Apalpou-se, macia e suave.

Viu o céu azul, aspirou odores diversos, fechou os olhos. Olhou o outro e o outro a olhou. Foi um mirar-se de vertigem, ver vendo-se. Ele ergueu-se rápido. Roçou-a e, um estremecimento percorreu os dois. Ele viu-a, primeira e esplendorosa. Mais bonita que as flores, mais desejada que os frutos. Ela era a fêmea, a fêmea em si, a expressão do feminismo. E esse feminismo o fascinou.

Caminharam. Banharam-se em tépidas águas. Ele conhecia os espaços e as espécies. Os animais serviam-lhes. Os leões caminhavam dóceis ao lado deles. Ele colheu os mais doces frutos e os ofereceu a ela. O ciclo da vida desenrolava-se no Éden. Paz, plenitude, completude.

...um dia ... Uma era ... A nudez era perfeição

... sub-repticiamente, coleando, avolumando, um querer apoderou-se do seu íntimo. Querer avassalador, agitando sensações interditas, conhecimentos irreversíveis. Ela conheceu o contrário, o negativo, o não. Possuída por esse ego devorador, Ela atraiu o outro e o convenceu. Ele a viu, fêmea voluptuosa, e o selo cósmico rompeu-se de alto a baixo. O céu escureceu, rimbombaram os trovões, os raios serpentearam nos céus e incendiaram a Terra. O animal separou-se do humano, o mineral e vegetal conformaram-se em reinos, mantendo apenas a cadeia de átomos, vibrando em ondas diferentes mas comunicantes.

Atraíram-se, abraçaram-se, forças superiores desencadearam-se e ruídos, suspiros, arrebentação de ondas, pios de pássaros, zumbido de insetos, olores suaves e fortes, almíscar e fragrâncias suaves assistiram ao primeiro amplexo.

Ela, Ele, o sexo entre eles, o amor edênico, memória nostálgica para sempre perseguida ... desordem, revolução, reprodução, nascimento e morte, carência, doença, dor ...

... a concha ... em gestação de nove meses ...

... e todo tempo que ele viveu foram novecentos e trinta anos e morreu. E teve filhos e filhas.

Origem: do livro 'Elas, Mulheres que marcaram a humanidade' de Lúcia Pimentel Góes

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Horóscopo das flores – Lírio

Lírio – 12 julho a 5 agosto

O Lírio é sinônimo de brancura e, também, inocência e virgindade. Quem é regido por Lírio, nasceu com alma pura, livre de preconceitos. Na Mitologia das Plantas, de Angelo de Gubernatis, a flor também é símbolo da fertilidade, por isso é característica das pessoas deste signo viver em função da família. Além disso, elas têm muita fé na força divina. Os Lírios costumam abandonar suas vidas nas mãos de Deus.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Em busca de Fátima

de Ghada Karmi
Editora Record - biografia

É amplamente conhecida a vergonhosa saga de genocídios, perseguições e atrocidades contra os judeus que culminaram na criação do Estado de Israel. O que pouco se comenta é que também os palestinos têm a sua trágica história. Este livro é um dos poucos relatos sobre os sofrimentos vividos por uma típica família palestina. Ele permite compreender e ver com empatia os dramas psicológicos ligados ao exilio que continuam ainda hoje a impulsionar a causa árabe. Em 1948, após um massacre na pequena aldeia de Deirn Yassin, nos arredores de Jerusalém, Ghada Karmi e a família tiveram de deixar a cidade e refugiar-se em Londres. Inevitavelmente, seu relato diverge da versão oficial de Israel; mas, ironicamente, sua história encontra muitos ecos na experiência judaica do exílio e nos problemas de identidade e assimilação.

(*) ótimo livro, para conhecer o outro lado